sábado, 22 de agosto de 2009

“Como conviver bem com as pressões” Resumo

“Como conviver bem com as pressões”, é um livro onde Dr. Richard A. Swenson mostra uma forma de colocarmos margens e ordenança em nossas vidas; a sobrecarga, o excesso e os compromissos que chegaram a uma condição alarmante e insuportável. Embora tendo uma vida bem sucedida, no trabalho, na família e na igreja, Swenson, tinha preocupações, e desânimos constantes. O autor busca em “os médicos dos médicos Jesus” as respostas a suas ansiedades e desencontros.
Indagando como Ele “Jesus”, se portaria na época atual, frente a todos os compromissos, o autor percebe que nos momentos que exigiam de Jesus maior atenção, a exemplo do episódio de seu amigo Lázaro, Jesus usava de seus limites humanos para resolver seus compromissos. Ele sabia estabelecer prioridades e ser equilibrado, nos dando uma lição e exemplo que não há problemas em sermos limitados, e que o mais importante é atendermos a pessoa que esta diante de nós a cada momento.


Richard e sua esposa Linda idealizam a partir deste ensinamento de Jesus como estabelecer prioridades uma “margem” para as quatro áreas da sua vida: as emoções, o físico, o tempo e as finanças. Ao colocarem na prática seus planos, 90% do sofrimento, conflito e aflições acabam. As tarefas continuam, mas agora com uma priorização e ordenança para servir, ensinar e ajudar com total dedicação e entusiasmo fazendo isto tudo dentro de novos limites.
Em uma noite Richard e sua esposa listam todas as áreas de suas vidas em uma folha de papel como: gestos, atitudes, atividades, crenças enfim tudo o que realmente existia de influência em suas vidas até aquele momento. Após lerem rasgam e atiram no fogo a referida lista e ao abrirem mão de tudo que continha na lista percebe que ficaram livres daquele passado opressor, pois entregam naquele momento o lápis para Deus e pedem para que “Ele” faça o novo projeto de suas vidas baseado no que seja total e espiritualmente verdadeiro.
Richard sente-se aliviado daquela carga opressora, voltando para Deus entrega o comando da sua vida a “Ele” e entende que o Pai Celeste tinha planos maiores para sua vida. Com esta vida remodelada, a vida nova passou a ser bem mais simples que a antiga. O autor afirma que “Deus nos fez para Ele, para nos entregarmos a Ele”, se violarmos esta condição teremos que enfrentar as conseqüências. Deus não tem nenhuma obrigação moral de nos livrar dos sofrimentos desde que não busquemos algo mais do que “Ele” espera de nós. Deus diz: “apóie-se na minha força e não na sua; quando voltar a manter os limites que Eu Deus estabeleci Eu o ajudarei”.
Lidando com sobrecargas da nossa época. Swenson mostra como lidar com as sobrecargas da acessibilidade. Através da atenção voltada em nós mesmo para descansar, desenvolver projetos de longa duração, pensar, criar e principalmente para desenvolvermos um relacionamento mais íntimo com Deus, somente a “solitude” nos possibilita um profundo relacionamento com Deus. Jesus se valia da “solitude” para renovar suas forças.
O autor também nos dá uma receita para lidar com afazeres e compromissos, mostra que se a vida esta sobrecarregada a culpa é totalmente nossa e não de Deus, praticar o “não” mesmo nas coisas que mais apreciamos estaremos assim e estabelecendo nossas prioridades. Nunca devemos esquecer que é Deus quem nos capacita, é “Ele” quem faz nosso trabalho crescer e render. Devemos permitir que o Espírito Santo aja por meio de nós, ou seja, aprender a confiar mais e nos esforçar menos.
Comenta também como devemos proceder nas mudanças e estresse, pois muitas são as sobrecargas da modernidade, mais temos que ter mais controle com a vida, fazer amigos, ajudar pessoas, aprender a rir, relaxar e descansar em Jesus, Mateus 11.28. Embora o cristão não esteja com toda imunidade milagrosa sobre o estresse, Deus removeu para sempre a causa desta opressão, solucionando nossos maiores problemas na “cruz”, Jesus disse: No mundo passais por aflições, mais tende bom animo, eu venci o mundo. João 16.33.
Richard relata na sobrecarga de escolhas e decisões que estas se tornaram parte integrante deste mundo cheio de opções variando de cartões de créditos a milhares de ofertas. Simplificar, escolher o “bom o suficiente” em vez de o “melhor”, escolher a carga apropriada e não a sobrecarga, pedir a Deus sabedoria para tomar decisões e orar antes de qualquer decisão. Tiago 1.5,6 e Tiago 4.2.
Nas sobrecargas das dívidas, Richard alerta para conquista da auto-suficiência financeira, combinar satisfação e vida simples, terminar com a veneração a automóveis, mudar nossos valores lembrando sempre que vivemos numa sociedade e não numa economia e quando dos momentos difíceis que atravessamos não podemos desperdiçar a oportunidade para nosso amadurecimento.
Nas sobrecargas das expectativas, Swenson, mostra que no mundo todo muita gente caiu sob o peso da “expectativa” por causa das implicações causadas por nela. O mundo cria expectativas para o “bom e do melhor” como: melhores automóveis, melhor casa, moda, renda, cirurgias plásticas e bens de consumo em geral. Respeitar nossos limites, ajustar nossas expectativas, se comparar ao menos afortunados, não seguir a moda, amar incondicionalmente e negar-se a si mesmo, Mateus 16.24, nos leva uma limpeza de nossas mentes e uma autonegação do mundo que nos rodeia, bem como das expectativas geradas.
Segundo Swenson, a falta de repouso, mau condicionamento físico e estresse, estão totalmente relacionados com a pressa e excesso de compromissos. Nestas sobrecargas, pressa e fadiga, temos que estabelecer um ritmo de vida mais tranqüilo, não se orgulhar de estar sempre ocupado, dormir bem, praticar exercícios, entender e esperar a vontade de Deus é a solução do problema de exaustão e fadiga. “Mais os que esperam no Senhor renovam as suas forças”. Isaias 40.31.
Há sobrecarga também, na informação e educação. Richard nos revela que se nossas escrivaninhas estão abarrotadas certamente haverá conseqüências e danos. Para evitar estas confusões e conseqüências devemos selecionar melhor estas informações, manter o interesse em aprender melhor, usar o teste do tempo ao tempo, ficar com a mente aberta, ser humilde e sempre perguntar a Deus Sua opinião e jamais recusar os ensinos do coração.
Para o autor a mídia nos dias de hoje tem modificado a cultura e comportamento social; gerando estímulos da sensação de tédio, vícios, visão distorcida do mundo, exposição excessiva e de material pornográfico. Ficar passivo a isso tudo é não possuir sabedoria. Demos selecionar e permitir o que pode entrar em nosso lar e em nossa vida, colocar limite, e não permitir que a sobrecarga da vida, cegue o nosso bom senso e nosso discernimento.
Swenson, ao falar da sobrecarga da posse mostra um consumismo exagerado. Alerta para a urgência deste desejo consumista, que não irá diminuir enquanto mais indivíduos adquirirem o que buscam, e que para refrear o consumo indiscriminado deve-se, encarar o fato de que possuir algo é prejuízo em vez de vantagem, organizar, simplificar, olhar para os menos afortunados, ser criativo, redefinir o conceito de felicidade, mudar os valores, mudar estilo de vida, listar nossos objetivos esvaziarmos espaços para o que é mais importante.
Segundo o autor, na sobrecarga do trabalho, patrões exigem cada vez mais de seus empregados, estes por sua vez já se queixam que estão no seu limite. Já se revelam os sintomas de excesso, e que não podem mais serem ignorados. Quando se exige demais dos trabalhadores, estes ficam exaustos e insatisfeitos. Ainda assim muitos patrões continuam a forcá-los ao extremo limite. No ministério Swenson alerta através de um estudo, o fato de que a cada três pastores um “completa a carreira” com sucesso. Como médico o autor passa algumas prescrições para prevenir a falta de estímulo pelo trabalho, rever a ética no trabalho, evitar extremos, assumir a responsabilidade, ter cautela nas promoções, defender os limites estabelecidos, encontrar um equilíbrio entre vida e trabalho, dar prioridade à família, separar o trabalho do lar e “Dar primeiro lugar ao Reino de Deus”.
Ainda sobre o trabalho, Swenson relata que Jesus enquanto viveu entre nós buscava dar o primeiro lugar ao reino de Deus, o autor revela que gostaria que em seus relacionamentos com as pessoas fosse igual ao de Jesus. Mesmo sendo impossível atender a todos como um “super médico”; o Dr. Swenson mostra-se interessado em se doar, se mostrar mais presente para seus pacientes, mais humanizando em seus atendimentos, assistí-los em suas necessidades, ouví-los atentamente e tentar livrá-los do sofrimento. Alerta para qualquer que seja nossa profissão podemos fazer o mesmo, “levar o reino de Deus aos outros”.
Richard A. Swenson, conclui que; o processo controla o mundo ocidental, as coisas dependem dele, economia depende dele, nossos governantes não irão alterar este quadro, na verdade nem devem. O processo não esta descontrolado e não é em essência algo ruim, não é conspiração contra ninguém, na verdade ele produz o que esperávamos dele, a diferença é que ninguém previa que seus reveses seriam tão ruins. O processo não irá mudar, nós é que temos que nos adaptar, compreendendo nossos limites humanos e aceitarmos nossas limitações, devemos definir situação do que podemos alterar o que gostaríamos de alterar e o que precisamos alterar. Swenson diz que a nossa missão neste mundo é o amor que é base da vida do cristão, sem amor não somos nada.
“É na aflição das escolhas que está à oportunidade de sermos abençoados”.
SWENSON, Richard A. de. Como conviver Bem com as Pressões. 1ª ed. Venda Nova. BH, 2001.
Por: José A Valili

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